sexta-feira, outubro 27, 2006

Minha principal busca...

Minha principal busca é o autoconhecimento... A maior parte de minha vida foi direcionada neste sentido: conhecer a verdade que está em meu coração. As ingerências da Vida são os adjuvantes necessários que me levam a esta meta.

Vejo que eu sou um oceano, e que no fundo dele tem uma pérola... esta pérola é meu próprio coração. E aquilo que dá valor a esta pérola chama-se “Amor”, sendo o “Amor” sinônimo do conhecimento do coração. O dia em que tiver fôlego suficiente para mergulhar neste oceano e buscar esta pérola de verdade (que está escondida em mim), finalmente terei chegado a meu destino.

Entendo, com isso, que não se devem traçar planos pré-estabelecidos por mim, mas que devo deixar que a vida trace meus planos, buscando, dentro do possível, estar de acordo com minha própria natureza. Ou seja: uso meu discernimento para escolher o que eu devo fazer dentro incomensurável riqueza da vida. O único trabalho que tenho é que este discernimento esteja aguçado, ou seja, que ele seja capaz de tirar vendas, véus e máscaras que impedem com que a Realidade seja encarada.

Não falo tudo que penso...

Eu não falo tudo que penso. Utilizo, antes, de uma peneira mental para dizer as coisas. Dentro de meu entendimento, nós devemos chegar ao coração das pessoas para que nossas idéias sejam aceitas, ou seja: há a necessidade de se comunicar, trazer à tona algo em comum.

A simples imposição de nossas opiniões não faz com que exista transformação; nem interna (a de si mesmo), nem externa (a do próximo). Quem assim age cria uma fileira de inimizades e mal-entendidos.

Dentro de minha vida, magoei muitas pessoas sem necessidade devido a uma arrogância, fruto do orgulho. Agora, tenho sido mais comedido no dizer o que penso, porque busco um destino certo, tendo como alvo o coração de quem me escuta.

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Minha principal busca é o autoconhecimento... A maior parte de minha vida foi direcionada neste sentido: conhecer a verdade que está em meu coração. As ingerências da Vida são os adjuvantes necessários que me levam a esta meta.

Vejo que eu sou um oceano, e que no fundo dele tem uma pérola... esta pérola é meu próprio coração. E aquilo que dá valor a esta pérola chama-se “Amor”, sendo o “Amor” sinônimo do conhecimento do coração. O dia em que tiver fôlego suficiente para mergulhar neste oceano e buscar esta pérola de verdade (que está escondida em mim), finalmente terei chegado a meu destino.

Entendo, com isso, que não se devem traçar planos preestabelecidos por mim, mas que devo deixar que a vida trace meus planos, buscando, dentro do possível, estar de acordo com minha própria natureza. Ou seja: uso meu discernimento para escolher o que eu devo fazer dentro incomensurável riqueza da vida. O único trabalho que tenho é que este discernimento esteja aguçado, ou seja, que ele seja capaz de tirar vendas, véus e máscaras que impedem com que a Realidade seja encarada.

Uma nota explicativa sobre Spoon River

"Spoon River é uma cidade americana fictícia, no século 19, e sua "antologia" [escrita por Edgar Lee Masters] contém, na verdade, relatos póstumos de 243 habitantes. Eles contam suas histórias e, na condição de mortos, podem usar da mais crua sinceridade. A cada personagem corresponde um poema, batizado com seu nome: "George Trimble", "Dora Williams", "Paul McNeely". Para o leitor, é como se ele visitasse o cemitério de Spoon River e lá ouvisse os relatos ou os lesse nas inscrições dos túmulos."
"Em certos casos, a leitura se transforma numa espécie de jogo, pois vários dos defuntos-narradores (eles seguem o esquema do Brás Cubas!) mantiveram em vida relações de negócio ou parentesco. Então, é fácil imaginar: todos os podres aparecem. Para dar mais sabor à trama, em Spoon River, quase todos os finados levaram para o túmulo um segredo associado a alguma violência ou indignidade cometida ou sofrida durante a vida."

Carlos Machado (extraído do site: http://www.algumapoesia.com.br/poesia/poesianet006.htm )

O Ateu da Aldeia (Edgar Lee Masters)

Ouvi-me, jovens discutidores da doutrina
da imortalidade da alma,
eu, que aqui jazo, era o ateu da aldeia.
Loquaz e polêmico, versado nos argumentos dos infiéis.
Mas no curso de uma longa enfermidade,
enquanto tossia até arrebentar,
li os Upanishades e a poesia de Jesus,
que acenderam uma tocha de
esperança e de intuição
e de desejo, que a Sombra,
me guiando rapidamente através
das cavernas de trevas,
não poderia extinguir.
Escutai-me, vós que viveis nos sentidos
e só através dos sentidos:
A imortalidade não é uma dádiva.
A imortalidade é uma obra;
e só aqueles que lutarem com denodo
conseguirão obtê-la.

A última lápide de Spoon River

A Edgar Lee Masters


Trabalhava na região de Spoon River
e cria ser em todos os desejos insaciável.
Estrangulava as almas até que abdicassem
de suas vozes e suas dores.

Acreditava ter uma fonte inextingüível nas mãos.
Mas as almas colhidas foram abandonando meu celeiro
em direção a alguma parte mais eterna e inefável,
como árvores fortes crescendo nas campinas
roubando-me o prazer que é
o da solidão que as almas não podem conter.

Spoon River foi-se diluindo na vegetação
onde as florestas abandonam suas fronteiras
e o algodão começa a se acomodar nas urzes.
Spoon River foi minha última colheita
em sua solitária loucura e abnegação
enquanto suas ruas sorriam e me diziam:
“Matéria no tempo... matéria no tempo...”

Ah! Agora que estou só
peço a todos perdão pela minha natureza.
Só, junto a este campo de ervas
onde ruínas e lápides apascentam.

Que me perdoem o desconhecido e o ateu;
os MacNelly, os Meyer, os Willians,
enfim, peço a todos que me perdoem o espírito
ainda que se lhes pareça vão e incompreensível.

Assim mesmo, deposito o que me resta
sobre estas ruínas de campas,
esperando pelo Juízo-Final,
pois sei que a Misericórdia Divina é mais ampla,
e o que o homem não soube compreender,
Deus o saberá.

Para Liza Hite


" Comigo me desavim,
Sou posto em todo perigo:
Não posso viver comigo
Nem posso fugir de mim."
(Sá de Miranda)

Sinto-me terrivelmente iluminado
Quando penso em Ti
Refugiando-Te de/em meus interiores.

Mantenho minhas portas fechadas,
Porém, utilizas das janelas
Quando a casa me vens visitar.

Pela fechadura, apenas o pó dos relógios:
passado e futuro,
chave do que sou, horas
em que tenho insistido meu cofre interior
e meus necrológios.

Pela porta apenas o trivial:
Quando vens habitar-me,
Sou-Te um trono irreal,
Não o banco espancado
Que ocupa meu quintal...

Logo, não mais portas ou janelas.
Apenas, a árvore constante chamada a frutificar,
de sombra meiga e singela
que me reduz a Teu mistério e me refrigera.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Ainda sobre a comunicação...

O não entendimento não significa necessariamente uma confusão.

Não entender uma coisa significa não conseguir ler a mensagem, ou seja, as informações e o conhecimento que se tem não são suficientes para a decodificação desta. Quanto à compreensão ela se refere não mais à superfície da mensagem, que é como o código funciona, mas à sua natureza simbólica.

Dentro deste sentido, a mensagem tem um valor. Quando alguém que tenha recebido a mensagem (seja de que forma for: escrita, oral, visual, etc.), consegue absorver os valores que a mensagem desperta, então diz-se que esta pessoa “compreendeu”. Sabe-se que o valor não pertence necessariamente à mensagem, mas aos homens. Sejamos mais claros: Se alguém diz a outrem “eu te amo”, as duas pessoas estão se comunicando. O entendimento é claro e evidente, agora a compreensão ou esbarra ou é impulsionada pelos valores internos de cada um. Para uns, dizer “eu te amo” significa uma atração física; para outros a mesma frase significa uma purificação do caráter.

Quanto à confusão, no caso, é fundir dois entendimentos sem retirar deles uma necessária síntese. A confusão, neste caso, significa desorientação. Ou seja, a mensagem atinge o campo psicológico, encontrando no interior do receptor um entendimento pré-estabelecido, sem ter força suficiente para se tornar uma nova forma de compreensão pessoal, fazendo com que o receptor mantenha duas fortes tendências de pensamento. A mensagem atinge o campo psicológico quando mexe com os sentimentos, gerando um histórico emotivo, seja de repulsa, de medo, de angústia, ou vice-e-versa: de alegria, de conforto, etc.

No entanto quando existe confusão, existe desorientação. Quando existe não entendimento, não necessariamente existe confusão. Por quê? Porque a mensagem não atingiu a parte mais profunda do ser, não mexeu com as verdades pessoais, não atingiu o centro do ser humano.

Neste caso, pode haver quanto ao receptor da mensagem uma paciência no sentido de esperar um momento melhor para absorver a mensagem mesma. No entanto, quando existe confusão, a mensagem entra de forma desordenada, juntando informações desconexas, sem conseguir chegar a um ponto de equilíbrio.

Uma mensagem causa confusão quando é enviada com uma energia não ordenada: da forma errada, no momento errado, etc. Dentro da mesma perspectiva, a pessoa que emite a mensagem, se tem clareza interior, sabe distinguir, necessariamente o momento certo e a forma certa de encaminha-la, emitindo junto com a mensagem a energia necessária para seu entendimento e compreensão. Agora, se a mensagem sai truncada, o responsável por isso é seu emissor, não o receptor.

Se o emissor não está tendo clareza suficiente no enviar a mensagem é porque não consegue enxergar de forma clara o que acontece em seu coração, ou não consegue enxergar o coração do receptor, fazendo com que os corações não se comuniquem da forma correta.

Quando os corações se comunicam da forma correta poucas palavras são suficientes para se chegar ao entendimento, e pouco tempo para se chegar à compreensão. Quando os corações não estão se comunicando da forma correta, fala-se muito mas o entendimento não é recebido, ou é recebido de uma forma truncada, o que faz com que o receptor tenha confusão.

sábado, outubro 14, 2006

Um poema de Jorge Carrera Andrade


Amor é mais que a sabedoria
é a ressurreição, a segunda vida.
O ser que ama revive
ou vive em dobro.
O amor é a síntese da terra,
é luz, música, sonho
e fruta material
que saboreamos com todos os sentidos.
Oh, mulher que penetras minhas veias
como o céu nos rios!
Teu corpo é o país de leite e mel
ao qual recorro sedento.
Me abrevio em teu semblante de água fresca,
de riacho primordial
em minha jornada ardente até a origem
do manancial perdido.
Mineiro do amor, cavo sem trégua
até achar o filão do infinito!

Do outro lado, apenas o silêncio...

Para os que gostam de poemas românticos e juvenis, aqui vai um material ao gosto comum. Um pouco cheirando a melaço, mas achei, ainda assim, interessante. Quando foi escrito? Não sei, mas faz muito, muito tempo... (rs). Tomei apenas a liberdade de corrigir algumas coisinhas, senão seria insuportável!

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Do outro lado, apenas o silêncio.
Tal qual o arqueiro que não vê seu alvo
Abrindo as cortinas da noite,
Assim envio estas palavras.

No canto da memória,
Uma imagem me diz da tua face.
Recordando-me de ti,
Busco-me no alento de te encontrar.
Dentro da noite,
Apenas um silêncio interior...

Pode o amor em amizade tornar-se?
Como poderia então desprezar
A raiz que se aconchegou em mim
E fez-se fruto de meu sentir?
Como subtrair-me de minha entranha
Carregada toda ela de ti?

A noite adentrou meu espanto, e seu vento
Transfigurou as estrelas de meu firmamento.

Dentro da memória, a vastidão de mim
Preenchida pela tua recôndita vastidão.

Tanto coração ainda por conhecer,
Tanta geografia ainda por sentir,
E a noite estendeu seu triste manto
Sobre mim.

Em noites como essa, estavas em meus braços.
Como não haver sucumbido a tuas palavras?
Como não haver amado o corpo onde vives
Ou este coração onde ainda habitas?

Quisera que permear-me em teu coração,
Mas o que temia, aconteceu:
O amor tornou-se silencioso em tua boca,
E, quem sabe, já não é meu.

Sentimentos, pensamentos e ações.

As questões interiores devem ser tratadas com urgência, principalmente no que concerne a sentimentos e pensamentos. No entanto, existe a necessidade de primeiro saber como enfrentar seus defeitos. Aquele que tem coragem de enfrentar-se deve buscar prestar atenção em três termômetros que funcionam como sentinelas do caráter: sentimentos, pensamentos e ações.

Deve-se levar em conta, contudo, que ações provêm, na maior parte das vezes, de pensamentos e sentimentos*. Portanto, estes funcionam como raízes daquelas. Tomando isto como base, óbvio que não será transformando as ações em primeiro lugar que se terão mudados os sentimentos e pensamentos, mas ao contrário, pois o mais profundo domina o mais superficial.

Por este motivo, qualquer mudança externa somente acontecerá depois de uma mudança interna, ainda que tênue. Contudo, não se pode desprezar as atitudes pois, quando regidas por uma vontade consciente, elas próprias funcionam como adjuvantes neste processo de transformação interna.

Pode-se ter como exemplo algo trivial: um “alcoólatra”** decide transformar-se e, para iniciar esta transformação, pára de beber. Esta abstenção de bebidas alcoólicas, com certeza funciona como poderoso colaborador na transformação que há de vir. Outro exemplo: buscando ter um conhecimento mais aprofundado de si mesmo alguém, por este motivo, começa a meditar e, para iniciar a meditação, inicia fazendo exercícios respiratórios. Estes exercícios são básicos para todo um processo meditativo, principalmente quando se está iniciando.

Ao se examinar com maior profundidade a razão de que estes processos fisiológicos colaborem com o processo de transformação interna, tem-se como resposta que o homem é a ponte entre céu e terra. Deve unir estes opostos no âmago de seu coração, realizando, com isto, um processo transformador e transcendente. E iniciar esta transformação através de um processo fisiológico equivale a construir um berço para que a verdade possa nascer em seu interior, ou melhor, florescer.

Em sendo assim, quando se emite uma mensagem consciente para o corpo se está, na realidade, unindo céu e terra dentro de si: o céu dos influxos espirituais e a terra da ação física consciente. E esta ação é, na realidade, o correspondente reflexo do Céu no corpo, a transcendência dos processos habituais, processos estes que levam as pessoas a se acomodarem numa forma de percepção.

E dentro deste mesmo sentido, quando se faz a conexão das coisas superiores com as inferiores, tendo aquelas como fontes destas, no momento em que se conecta terra e céu, conhece-se, realiza-se: A mensagem Divina que cada um carrega em seu interior desde quando nasce começa a ser lida. E a busca deste conhecimento, desta realização é, na verdade, o motivo de se estar vivo. Tudo gira em torno deste pivô. Todas as coisas falam desta busca, ainda que não se entenda a linguagem de tudo quanto há.

(*) Dizemos na maior parte das vezes porque, quando alguém tem um grau de realização maior, as ações começam a vir do Superior, sendo o indivíduo apenas um veículo de manifestação (como Paulo disse: “Já não sou eu quem vive: Cristo é quem vive em mim”).

(**) Dentro de meu entendimento, um homem sempre será um homem; o “alcoólatra” é apenas uma percepção enganada da realidade interna daquele indivíduo.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Quem é o aprendiz? (1)


Quando eu tinha cerca de dezoito anos, ouvi pela primeira vez a frase: “quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece”. Esta frase é muito utilizada nos meios ocultistas, e até o presente momento não sei sua origem. Contudo, tenho a observar algumas coisas que percebi enquanto ouvinte daqueles que a expressavam. Segundo essas mesmas pessoas, em sua maioria, o discípulo é aquele que já está preparado para a transcendência, que lhe será dada pelo Mestre que aparece. Ou seja, alguém, para ser um discípulo deve conhecer uma gama de coisas tais que, ao receber o Mestre, este apenas vai lhe dar alguns breves retoques nestes conhecimentos adquiridos.

No entanto, depois de diversas vezes em que ouvi esta frase, um dia percebi uma nova perspectiva dela, qual seja: “Quando o Discípulo está pronto, o Mestre aparece”... Neste caso, quem é o discípulo? Discípulo é aquele que se dispõe a estudar a matéria que se lhe é apresentada, ou melhor, que se dispõe a estudar e vivenciar o que se lhe apresenta. Em sendo assim, o discípulo (ou o aprendiz) é aquele que se dispõe a aprender ( conforme a origem etimológica da palavra “discípulo”, ela provém do latim discipulus e este de discere ou disco (aprender), ou seja, o que aprende (posição ativa diante do ensinamento) ou que se deixa ensinar (posição passiva).

Mas a disposição de aprender, de ser um aprendiz, de se portar como um discípulo, tem um ato prévio extremamente importante: o de se esvaziar. Porque, segundo o que pude compreender, se o homem não está vazio de seu ego, de seus pseudo-conhecimentos, de suas insatisfações, na realidade ele não está preparado para o aprendizado. Se o cálice está cheio, como poderá ele reter o conhecimento? Onde o guardará? Se o coração está prenhe de ignorância, como poderá conceber em seu interior a verdadeira linguagem do coração? Portanto, é de total importância que o discípulo esteja vazio para que se possa preencher pelo conhecimento reparador de um mestre.

E este esvaziar-se, esta morte para uma fase de sua vida torna-se, na verdade, um nascimento para o aprendizado (já que, segundo uma perspectiva espiritualizada, a morte não existe enquanto fim em si mesma, mas apenas como passagem entre estados). Esta passagem do mundo profano para o sagrado requer o desapego intenso das coisas que o prendem nas perspectivas mundanas. A ótica deve ser mudada, e desconsiderado não aquilo que aprendeu até então, mas a perspectiva adotada para compreender o ensinamento. Ou seja: Tudo acontece na simplicidade do interior, simplicidade que existe, veja-se bem, quando despido das coisas materiais e embebido da espiritualidade.

Concluindo, o início do aprendizado começa quando nos entendemos ignorantes. E no momento que nos reconhecemos não sabedores, entramos em contato com a verdadeira fonte do conhecimento, a luz transformadora do ser, o verdadeiro Intelecto: Deus.

terça-feira, outubro 03, 2006

Mais sobre a importância de se comunicar

Interessante que na semana passada eu falei sobre a "IMPORTÂNCIA DE SE COMUNICAR". Hoje recebi um texto do poeta Sufi (árabe) Rumi. Vejam que interessante (será que estou plagiando as idéias dele? rs):

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ENCONTRO DE ALMAS

Vem.
Conversemos através da alma.
Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos.

Sem exibir os dentes,
sorri comigo, como um botão de rosa.
Entendamo-nos pelos pensamentos,
sem língua, sem lábios.

Sem abrir a boca,
contemo-nos todos os segredos do mundo,
como faria o intelecto divino.

Fujamos dos incrédulos
que só são capazes de entender
se escutam palavras e vêem rostos.

Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.

Como podes dizer à tua mão: "toca",
se todas as mãos são uma?
Vem, conversemos assim.

Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.

Vem, se te interessas, posso mostrar-te.

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Um abraço a todos os visitantes!