quinta-feira, janeiro 19, 2017

MÂYÂ não é "Ilusão"

A. K. Coomaraswamy dizia que o termo “Mâyâ” deveria ser traduzido como “arte” e não como “ilusão”, tendo em vista que a palavra ilusão nos remete a uma compreensão de “irrealidade”.

Portanto “Mâyâ” seria a “Arte Divina”, onde Brahma manifesta-se. Assim como vamos a uma exposição de arte e vemos um quadro de um pintor, e atribuímos o quadro à personalidade de um determinado artista, assim também “Mâyâ” apresenta ao homem a construção divina.

A ilusão está em considerar a “arte” não como a manifestação, mas como uma “realidade plena”, independente de um caráter superior.

Contudo, quando enxergamos que “Mâyâ” é como um mapa para se chegar ao Supremo Arquiteto, e que intuímos a fonte de onde se origina esta “arte”, então é vencida a ilusão. “Mâyâ” torna-se um “jogo” (Lyla), através do qual nos aperfeiçoamos até chegar à Divina Essência, da mesma forma que o xadrez desenvolve faculdades intelectuais que serão usadas em outras instâncias da vida.

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