quarta-feira, agosto 02, 2006

Razão e emoção

Razão e emoção. Dois tipos de percepção do mundo que andam sempre juntos. Algumas vezes é privilegiada a razão, outras a emoção. E assim, entre racionalizações e envolvimentos emocionais, vamos levando nossa existência do nascimento à morte.

No entanto, questionamos: qual é a melhor forma de agirmos perante o mundo? Uns, emocionais demais, querem viver a vida se entregando às situações, vibrando pelos sentimentos adquiridos, explodindo e exultando com as experiências pelas quais atravessa. Estes são considerados românticos e sentimentais.

Outros buscam um afastamento radical das situações limites, analisando criteriosamente cada situação, buscando encontrar uma raiz lógica e plausível, muitas vezes químicas e físicas, para as situações em que vive. Tentam encaixar o mundo em um padrão mental pré-estabelecido. Estes são chamados cerebrais.

Contudo, entendemos que existe um caminho de estabilização, onde sentimentos e pensamentos devem se equilibrar, devem ser contrapartes de uma mesma moeda cósmica. Por quê? Porque o alvo a ser atingido está além de emoção e razão. Está muito mais acima. Enquanto Clássicos (racionalistas) e românticos (sentimentalistas) lutam para terem suas idéias prevalecendo, o verdadeiro objetivo está exatamente no equilíbrio entre estes dois aspectos, para exatamente haver o equilíbrio do indivíduo. E quando há o equilíbrio é que vemos acima das aparências mundanas.

Enquanto há luta interna, a água psíquica fica turva. Enquanto houver oposição sem conciliação, o verdadeiro objetivo não será visto. No entanto, quando este equilíbrio se instalar, quando a oposição cessar, e o ser humano estiver íntegro nos dois aspectos, integrando razão e emoção, então existe oportunidade de transcendência, pois as coisas do mundo não atraem mais em si próprias, o apego desaparece.

Enquanto isso não acontece, nossa personalidade acontece tal qual uma rolha na tempestade, ou seja, instável. E, devido a isso, atrai para si situações em que o próprio Universo insiste em colocá-lo no equilíbrio: Muito racional, muita frieza atrai o fogo; muito sentimental, muito calor atrai água. Porque, apesar da descrença e ceticismo de hoje, o Universo busca nosso equilíbrio. Prestemos atenção!

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