segunda-feira, julho 31, 2006

PROCURA DO HOMEM

Um túmulo de palavra
com esperanças de palavra
moldado nesta pequena ampulheta,
que é meu corpo,
desfazendo-se no derradeiro de minhas cinzas.

Há sinos tão fortes... eu não sei.
Sons de vida, sons de morte,
sons iguais ao tudo antes...

Sei que sou diferente dentro dos dias,
e minhas horas, flores disfarçadas
nos espinhos do tempo que perfumam.

E esta alma que é minha asa,
busco-a no resignado do que sou,
na pedra que ousei chamar "coração",
hoje, pensamento que me envolve,
cobertor que me amortalha
sentimento que me liberta.

Nenhum comentário: