terça-feira, julho 18, 2006

DESIDERATA *

Siga tranqüilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio.

Tanto quanto possível , sem humilhar-se, mantenha-se em harmonia com todos os que o cercam. Fale a sua verdade, mansa e claramente e ouça a dos outros, mesmo a dos insensatos e ignorantes, eles também tem a sua própria história.

Evite as pessoas agressivas e transtornadas, elas afligem o nosso espírito. Se você se comparar com os outros, você se tornará presunçoso e magoado, pois haverá sempre alguém inferior e alguém superior a você.

Viva intensamente o que já pode realizar! Mantenha-se interessado em seu trabalho. Ainda que humilde, ele é o que de real existe ao longo de todo tempo. Seja cauteloso nos negócios, que o mundo está cheio de astúcias, mas não caia na descrença, a virtude existirá sempre.
Muita gente luta por altos ideais e, em toda parte, a vida está cheia de heroísmo. Seja você mesmo, principalmente não simule afeição nem seja descrente do amor, porque, mesmo diante de tanta aridez e desencanto, ele é tão perene quanto a relva. Mas também seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude.


Alimente a força do espírito, que o protegerá no infortúnio e no inesperado, mas não se desespere com perigos imaginários. Muitos temores nascem do cansaço e da solidão. E a despeito de uma disciplina rigorosa, seja gentil para consigo mesmo.

Você é filho do Universo , irmão das estrelas e árvores! Você merece estar aqui! Ainda que você não possa perceber, a Terra e o Universo vão cumprindo o seu destino.

Portanto, esteja em paz com Deus, como quer que você o conceba. E, quaisquer que sejam seus trabalhos e aspirações, na fatigante jornada pela vida, mantenha-se em paz com sua própria alma. Acima da falsidade, dos desencantos e agruras, o mundo é ainda bonito!

Seja prudente. Faça tudo para ser feliz!

* DESIDERATA - Do Latim Desideratu: Aquilo que se deseja, aspiração. Este texto foi encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Baltimore, datado de 1692. Foi citado no livro "Mensagens do Sanctum Celestial", do Fr. Raymond Bernard.

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