quarta-feira, setembro 20, 2006

Como o cruzar do aço...

Como o cruzar do aço das espadas,
Cruzemos, meus lábios com os teus;
O teu olhar no meu a mergulhar
Achando dentro de mim um deus.

Tua boca que traz uma palavra,
Uma oração que lavra meu ser,
Em um só tempo torna-me livre,
Agrilhoado em tua língua
Pleno de viver.

Cruzar meus olhos com os teus
Como se fossem herdeiros
Do habitar
Neste reino que vem de Deus;
Estes olhos verdadeiros
Venho adorar.

Teu viver que é minha semente,
Estrada de mim ausente
Sem meu caminhar.
Teu corpo, imponente beleza,
Que traz a mim a certeza
De te amar.

Porto Velho, 24/08/2006

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