Enquanto medes, ó alma peregrina
A distância entre nós existente
Olha, primeiro, que luz vem do Oriente
E perceba, então, quem te ilumina.
Quem, vencendo tua descrença,
Tão intimamente a ti ligado
Que tens o interior iluminado
Com apenas a Sua presença.
Saiba que unidos estamos, Tu e Eu,
Superando esta dor que te magoa
Sabendo em ti que a Verdade é boa,
E que todo que a seguiu, aqui venceu.
Por isso, nestes abismos materiais,
Estou obrigado a viver contigo,
Construindo-te, muitas vezes, um abrigo
Através de ensinamentos imortais.
Oh alma, que crês sermos distintos:
Porque vives em pântanos banhada,
Pelas misérias da ilusão açoitada,
Vendo-te num imenso labirinto?
Saiba que sou a tua própria fonte
Que na verdade Eu sou tu, e tu és Eu
A luz que permeia teu horizonte,
O fim de todos os sofrimentos teus.
Por isso, enquanto insistes adejar
Num sofrimento que não tem fim,
Sentindo sem sentir, amando sem amar,
Saiba que tu mesma estás em mim.
E que enquanto vives a me buscar,
Eu estou em teu mesmo coração
Buscando com minha luz te ensinar
O caminho de tua própria salvação.
28/10/2005
Um comentário:
Olá Igor,
Sempre que posso leio seus textos, muito bons camarada, sou teu fã :)
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